segunda-feira, 5 de maio de 2008

:s

Tirem-me o corpo. Tirem-me a Alma.
Arranquem-me o coração e os pesadelos.
E já agora levem-me as ilusões e tudo aquilo que me faz sonhar.
Não vejo o minimo objectivo de ter isso tudo, se não te tenho a ti.
Ainda olhei para trás, mas não te vi.
Deixaste-me ir, a voar para não sentir o meu corpo dormente.
Os pés arrastavam-se e tropeçavam em tudo o que tocavam.
Na minha cabeça soavam melodias sombrias, escuras.
Estava tudo preto e custava a andar.
As ruas pareciam eternas e o céu cada vez mais cinzento.
Até que vieste, vieste e pediste desculpa.
Não entendi essas desculpas.
Aceitei-as mas não as quero mais.
Tive que te ver a ir embora.
A virares-me as costas sem olhares para trás uma única vez.
Como é que consegues ter frieza suficiente para isso?
Eu olhei, tantas tantas vezes, deste conta.
Eu sei que deste.
Eu não me queria ir embora.
Mas fui, e tu vieste, depois foste.
Foste e não voltaste.
Não olhaste.
Não te vou mandar nada à cara.
Não sou ninguem para te fazer isso.
Não vou dizer que tens mais defeitos que virtudes.
Não.
Juro que não.
Não te vou sequer dizer o que é que podias ter feito de diferente, ou que eu podia ter feito diferente.
Nao chego nem nunca vou chegar para ti, para ti ou para aquilo que pedes, para aquilo que esperas de mim.
Muitas vezes é só uma questão de caprichos.
Eu sei, mas aquilo que tu vês não é aquilo que eu vejo.
E aquilo que eu vejo não é aquilo que tu vez.
Mas não faz mal.
Eu só te queria amar.
Não queria que quizesses ir embora.
E não queria ter de chorar mais nenhuma vez por ti.
Não queria.
No entanto, doí.
Doí e eu não sou forte.
Não sou forte o suficiente para aguentar com as pernas ao partir.
E o meu coração não aguenta.
Mas não faz mal.
Agora já não o tenho.
Levaste-o contigo quando te foste embora.
Desta vez não te dei um de brincar.
Tens um verdadeiro nas mãos.
Nas mãos ou seja onde for.

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