Não entendo porque é que tem de ser tudo tão tipicamente correcto.
A Carolina está interessada num rapaz, qual é o mal de ela lhe dizer o que sente?
Perguntaram-se se deviam ser directos ou meterem-se com rodeios. Escolheram a primeira opção… Mas, na realidade, não a cumprem.
A Carolina e o Mateus estão-se a conhecer, andam a trocar mails, falam na net e já trocam mensagens.
Mas a Carolina não entende porque é que as coisas não podem ser ditas exactamente com o são. A Carolina não pode dizer que acha o Mateus LINDO de morrer, que só lhe apetece olhar para ele que, na verdade, não se quer casar com ele, mas que umas curtes já iam. Mas não lhe pode dizer SIMPLESMENTE que umas curtes já iam… Não é tipicamente correcto e era arriscado de mais – ele podia achar-lhe uma atrevida de meia tigela por dizer SIMPLESMENTE a verdade.
Eu sei, as coisas ditas assim parecem ridículas. Mas a Carolina acha que o Mateus não é do género de ter namorada… Nem a Carolina pensa nisso sequer.
Quais são as complicações?
Porque é que todas as relações têm de ter ses.
Pego em exemplos, alimento-me deles. Não tenho eu Amor, tenho que construir eu o Amor.
Falo assim, porque sem ele fica tudo mais difícil, ou tudo mais fácil e menos doloroso. Agora sim, compreendo porque é que as pessoas se escondem por trás de fantasias e histórias irreais. Escondem-se para se protegerem. Para puderem vivê-las sem terem de sofrer.
Acomodam-se atrás de um arbusto mesmo ao pé do sítio onde a acção principal se dá. Assim, têm amor - amor indirecto – e não se magoam, não magoam ninguém e não se preocupam.
É o que eu faço.
Eu alimento-me do amor das outras pessoas. Agora, acho que não preciso dele.
Sou bem capaz de sobreviver com aquilo que tenho. Ou com aquilo que posso vir a ter.
Obrigada Carolina e Mateus *
sábado, 30 de agosto de 2008
Carolina e Mateus
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