domingo, 12 de outubro de 2008

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Tenho pensado tanto em ti.
Ultimamente todos os meus pensamentos se dirigem a ti, começam em ti ou acabam em ti.
Ultimamente todos os cheiros me fazem lembrar aquele tempo quente, que me abraçava num intenso aperto de coração para Natureza.
Sinto falta de ti, sinto falta daquilo que tu me mostravas.
Éramos nós e o Mundo.
Apetece-me tanto chorar.
Nunca mais chega o dia. Anseio tanto o dia.
Por muitas discussões que tenhamos, tu, Papá, serás sempre Tu.
Tenho saudades tuas e o tempo parece perdido. Tenho o relógio contra mim.
Quero tanto que chegues para te puder abraçar, compensar o ano e três meses que tive sem ti. Compensar 15 meses num só mês.
Vai ser tão difícil quando te fores embora.
Será que vou ter tempo para te contar tudo? Será que vou ter tempo para te mimar, para ser tua filha? Será que vou ter tempo para te mostrar o que é que é ser a Sílvia de Santa Bárbara?
Vou passar o Natal contigo, finalmente. Finalmente acho que esta época vai ser mais preenchida. Ao menos desta vez não vou chorar ao telefone a ouvir a tua voz…
Se ao menos morasses mais perto. O suficiente para te puder ver, para me puderes ver. Ver a crescer.
Se ao menos pudesses ver-me a aprender com os meus erros, a crescer com os meus dilemas.
Está tudo bem, Papá.
Ao menos já falta pouco. Ao menos já faltou mais.
O meu coração está muito apertado e eu? Eu morro de saudades.

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