Sabias de cor tudo em mim, sabias pois!
E mesmo assim, deitaste tudo a perder.
Sabes, escrevo-te porque ouvi uma música nossa, uma daquelas músicas que eu ouvia sempre que queria ficar lamechas e mandar-te aquelas mensagens doces, que tu hoje tratas, sem razão, como mentiras.
Não sabes do meu paradeiro. Antes sabias sempre.
Mesmo depois de acabarmos - de nos chatearmos e de fazermos as pazes outra vez- eu tinha de te estar sempre a mandar mensagens... tinha-te sempre no pensamento. Estavas completamente agarrado a mim e eu odiava isso. Odiava, mas ao mesmo tempo dava-me conforto.
Dava-me conforto porque mais que me namorado, foste o meu melhor amigo- e era sempre bom ter-te por perto.
(Lembras-te de eu te ligar com a voz completamente desfocada, com o nariz entupido e ainda com lágrimas a escorrerem-me no rosto, a contar-te das discucções cá de casa? - eu lembro-me! Eras tu que me limpavas as lágrimas, mesmo sem estares ao pé de mim.)
Havia muita gente, quando tu me começaste a chamar a atenção, logo no inicio de tudo, que não gostava de ti, que tinham medo de ti. Mas eu nunca tive!
Nessa altura, apesar do ar de machão que mandavas, de rebelde, de "estou-me a lixar", eu não tinha medo de ti. Não tinha! Sabes porquê? Porque começaste, desde o ínicio, a proteger-me. A abraçar-me...
Acho que foi isso que me fez ficar apaixonada por ti!
Porque eras doce comigo. E eu sentia que eras muito mais do que aquilo que mostravas.
Por isso é que te amei da primeira vez que olhei para ti... Porque te olhei para os olhos!
(-agora tudo começa a fazer sentido-)
Quando saimos de cena é sempre diferente!
Vejo hoje as coisas num outro plano. Já não estou no campo onde a acção ocorre!
Agora observo, relembro, revejo. Inevitavelmente. Penso!
Sempre foste o meu apoio.
Mas eu mudei. Eu deixei de te amar. E tu mudaste. Tu deixaste de me amar.
Nunca desisti de ti. Acreditaste naquelas cenas rídiculas, eu fui atrás de ti. Fiz-te desacreditar (acho eu). Tentei ser tua amiga. Mas acho que tu é que não estavas preparado para isso. Eu contava-te coisas, mas cada vez que falava no N tu chateavas-te (acho que ainda me amavas), chateavas-te... Armavas a tua cena, dizias coisas feias e rogavas pragas (acho mesmo que ainda me amavas).
Decidiste que era melhor deixares de me falar.
Decidiste que era melhor passares por mim na escola, dares-me 2 beijinhos e seguires caminho - nem "olá", nem "que tal essa vida".
Foi a tua decisão. Fugires de mim a 7 mil pés.
Tenho pena. Conhecias-me tão bem!
Sempre achei que podia contar contigo para tudo.
Mas não posso! E tu sabes disso perfeitamente :)
Não sei se reparaste... Mas hoje disseste duas coisas que foram completamente contrárias.
"Acho que não dá para sermos amigos"
"Estou aqui se precisares"
A sério! Não combinam.
Lamento que tenha sido assim.
Custa muito ficar sem namorado. Mas custa ainda mais ficar sem um amigo.
Eu acredito que no fundo, tu tens um coração de ouro. Acho é que tu não acreditas no quanto ele vale.
Ve lá tu que acredito tanto que tens, que até te estou a escrever.
Apesar de saber que tu provavelmente não vais ler, ou se leres, não vais acreditar, ou se acreditares, não vais dar importância.
Não sei do teu paradeiro, e tu não sabes do meu.
A vida dá mil voltas, não dá?
Hoje estou feliz, estou feliz sem ti.
Tive de aprender a desprender-me de ti, do teu coração.
Hoje sorrio sem seres tu a pôr-me o sorriso na cara.
Desculpa por ter deixado de te amar, aos poucos.
Lamento ter sido a primeira- vais-me sempre mandar à cara que nunca te amei.
Mas a vida é assim...
Podias ter sido Para Sempre. Tudo indicava que eras Para Sempre.
Mas, acho que ambos sabiamos que o Para Sempre não existe.
(merda de conjugação de palavras que nos enganam!)
O meu Para Sempre foi mais pequeno que o teu.
Mas não deixa de ser um Para Sempre.
Foi um Para Sempre sincero, de coração.
E acho que foi isso que fez dele único.
Amei-te. Amei-te muito.
Amei-te Para Sempre.
Mas isso acabou.
E o jogo seguiu.
E eu estou feliz - tal e qual como tu disseste que eu não ia estar.
E se calhar já aprendi umas quantas coisas com o N.
E posso vir a aprender muito mais.
Mas contigo? Contigo aprendi que o futuro não nos pertence... E não vale a pena fazer juras de amor eterno, elas só nos iludem!
Hoje é um dia, amanhã é outro.
E as pessoas mudam.
E o mundo não acaba por isso.
Desejo-te tudo de bom.
Olharei sempre para ti quando passares a meu lado. Recordarei num segundo aquilo que vivemos. Transportarei sempre no meu coração um bocadinho de ti e tu, um bocadinho de mim.
Este tipo de amor não se esqueçe.
E o nosso, foi lindo!
Cuida de ti!
Sofia*
sábado, 18 de outubro de 2008
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1 comentário:
Gosto quando escreves assim.
De certa forma, 'identifico-me'.
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