sábado, 27 de dezembro de 2008

viagens

Ela era uma menina que dormia no banco detrás do carro. Fingia que dormia. Meditava. Meditava sobre tiros no escuro, sobre sensações, sobre sentimentos, sobre quedas. Fingia que dormia porque assim podia ter pesadelos sem acordar sobressaltada. Podia ter medo e abrir os olhos quando assim sentisse necessidade. E e menina abriu. Abriu muitas vezes os olhos. Teve até de se sentar e ficar a olhar para a estrada, para os carros que passavam, para sonhar acordada. Verdadeiramente.
O Mundo pode ser mesmo lixado.

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