Bom dia Vento.
Mais uma noite em que me senti tocada por ti. Entras no meu quarto todos os dias com o intuito de me observar os sonhos, de me arrepiar a pele. A tua leve brisa que me percorre o corpo sabe bem, mas quando te pões forte, quando me fazes ter frio e medo da noite, quando me roubas noites e sonhos não, não gosto. Já viste bem quantas horas de sono é que já me roubaste? E quando não apareces. Fica um bafo quente e poderoso a pairar no quarto, um bafo que grita a tua ausência, que me aperta e abana a gritar que não estás. Hoje foi a tua ausência que me tirou o sono. Foi a tua ausência que me obrigou a dar infinitas voltas na cama, a tentar abraçar-me a uma almofada vermelha que eu tenho, só porque é fresquinha… E o fresco faz-me lembrar a tua brisa. A tua brisa. Não a tua tempestade. A janela fica sempre aberta. Os estores também. Sabes que podes entrar sempre que quiseres, e eu sei que às vezes não queres entrar, mas entras. Sabes que podes, mas avisas sempre… Quando oiço a árvore a baloiçar, já sei. Tu chegaste. Vem, é o que eu digo, quando te sinto brisa. Quando te sinto tempestade fecho os estores, e tu já não podes entrar tanto. Tenho que me defender um bocado de ti, se não já pensaste? Morria de frio, e tu levavas o meu sono, e estragavas-me outra noite. Ou então semeavas pesadelos quando entrasses com a tua fúria. Não posso deixar isso acontecer. Mas quando não vens é quando dói mais. Fica calor. Dispo-me. Mas tu não vens. Sinto-me agarrada. Fico suada. Mas tu não vens. Nem nua, nem suada. Não vens. E eu quero que venhas, quero sentir o sopro, o fresco, a plenitude que trazes. Mas não vens. E eu desejo por ti como nunca. E tu não vens. Hoje não vieste. E amanhã? Como é que vai ser?
Mais uma noite em que me senti tocada por ti. Entras no meu quarto todos os dias com o intuito de me observar os sonhos, de me arrepiar a pele. A tua leve brisa que me percorre o corpo sabe bem, mas quando te pões forte, quando me fazes ter frio e medo da noite, quando me roubas noites e sonhos não, não gosto. Já viste bem quantas horas de sono é que já me roubaste? E quando não apareces. Fica um bafo quente e poderoso a pairar no quarto, um bafo que grita a tua ausência, que me aperta e abana a gritar que não estás. Hoje foi a tua ausência que me tirou o sono. Foi a tua ausência que me obrigou a dar infinitas voltas na cama, a tentar abraçar-me a uma almofada vermelha que eu tenho, só porque é fresquinha… E o fresco faz-me lembrar a tua brisa. A tua brisa. Não a tua tempestade. A janela fica sempre aberta. Os estores também. Sabes que podes entrar sempre que quiseres, e eu sei que às vezes não queres entrar, mas entras. Sabes que podes, mas avisas sempre… Quando oiço a árvore a baloiçar, já sei. Tu chegaste. Vem, é o que eu digo, quando te sinto brisa. Quando te sinto tempestade fecho os estores, e tu já não podes entrar tanto. Tenho que me defender um bocado de ti, se não já pensaste? Morria de frio, e tu levavas o meu sono, e estragavas-me outra noite. Ou então semeavas pesadelos quando entrasses com a tua fúria. Não posso deixar isso acontecer. Mas quando não vens é quando dói mais. Fica calor. Dispo-me. Mas tu não vens. Sinto-me agarrada. Fico suada. Mas tu não vens. Nem nua, nem suada. Não vens. E eu quero que venhas, quero sentir o sopro, o fresco, a plenitude que trazes. Mas não vens. E eu desejo por ti como nunca. E tu não vens. Hoje não vieste. E amanhã? Como é que vai ser?

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