segunda-feira, 22 de outubro de 2007

TU


Cortaste a madeira e eu despreguei-me das grades.

Disseste que vinhas e eu coloquei no coração os meus entraves.

Mas a porta rangeu para ti e ela nunca me tinha falado.

E os entraves, ou grades, ou fios, ou eu... Libertaram o que quer que seja que eles apertavam.

Agora os arames não são demais nem as pegadas, nem os segredos.

Mas dói-me a cabeça...

Como dói sempre que vens... Ou porque não sei que vens ou porque sei que vens!

Dói sempre porque existes. E nao pára de doer porque vens.

Maldito sabor a saliva de saudade e ansiedade de ti.

Maldito pulsar de desistência.

Cuspo-a sempre.

Engulo saudade de saliva cuspida.

E vens com a saudade e não vais com a saudade.

Trazes a saudades com o abraço porque não ficas para sempre.

E eu, porra de vida, sou saudade tuas contigo e sem ti.

1 comentário:

Meghy disse...

Isto é muito emocionante silvinha... logo hoje que as coisas co tiago tao assim meio torciditas :( xniiiiif... morro de saudades dele, mas ha coisas que nao se podem mesmo aguentar... um beijo =)