Agora, que estou quentinha com o meu robe azul e com as minhas meias, mais conhecidas por serem meias de velhinha, agora que fujo à rotina do dia-a-dia e me enrrolo na mantinha cor-de-rosa da hello kitty... Encontro alguma decência mental para me abstrair de tudo o que move e respira... De tudo o que vive!
Embrulho-me em pensamentos que nenhum sentido fazem, não me confundo, eu sei o fio que me leva ao caminho de volta para a realidade. Não têm explicação, não têm lógica, não são profundos nem relevantes para decisões da minha vida.
São pensamentos soltos que me acalmam todas as entranhas do meu corpo.
Uma droga, talvez.
Perco-me neles e encontro-me neles.
Já fazem parte de mim...
Muitas vezes, basta só fechar os olhos, fechar os olhos no meio de uma multidão de gente. No meio de pessoas desconhecidas, cujas caras nada me dizem, nada me transmitem. Pessoas essas, que carregam sobre si histórias, problemas, dilemas, enigmas... Muitas vezes tento imaginar o que será que está por detrás daqelas caras tristes ou alegres, dessas pessoas desconhecidas... São histórias de vida, e quem sabe se eu também não terei uma.
Fecho os olhos, imagino, sonho... Sonho acordada.
Arquitecto uma vida para mim... Uma vida que não a minha... Uma vida mais agitada, mais soberba... Uma vida paradisíaca... Uma vida que não a minha.
Figuro todos os meus passos, todas as minha acções e tento idealizar o que será melhor para mim.
Sim, confusos pensamentos... Não me iludem, não me realizam, não me transtornam. São pensamentos... São sonhos de olhos fechados.
Abro os olhos e caio em mim, acordo de um sono que não cheguei a ter e deparo-me com a minha realidade.
A minha realidade.
A minha realidade que, muitas vezes, tal como os meus sonhos, tal como os meus pensamentos, não tem lógica, não tem sentido, não tem explicação... Mas uma coisa tem... Sim, a minha realidade tem sentimentos.
Sentimentos. Muitos sentimentos.
A minha realidade tem coração.
A minha realidade é o meu coração.
Abro os olhos.
Abro a mente.
Abro o coração.
Fecho o pensamento e abro a realidade.
Sim, aqui é o meu lugar.
A minha realidade é o meu lugar.
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
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