Estou cansada.
800 Km é muito. Dá para pensar muito. Dá para ter muitos “dramas solitários”.
Não sou infeliz, mas também não sou feliz. Sou o meio - talvez seja mais infeliz porque nunca estou contente com aquilo que tenho. DEFEITO – sou aquilo que muitos infelizes a sério gostariam de ser.
Mas 800 Km é muito e depois com certas músicas à mistura torna tudo MIL vezes pior.
É verdade. Chorei muito hoje.
Chorei por dentro e por fora.
Gosto mais de chorar por fora… As lágrimas correm sozinhas, sem ser preciso fazer rigorosamente nada, eu não me esforço e ninguém se preocupa porque ninguém nota. As lágrimas de dentro são mais dolorosas, inundam-me o coração e quase que me afogam a alma. Tenho de fazer um grande esforço para o coração não explodir.
Ando estranha, ando estranha cá dentro. Sinto-me vazia, – hipoteticamente vazia - sem sentido e sem lógica.
(Um aparte para Ti: Falo de vazios e é logo em ti que tenho de pensar. Tornas o meu Mundo tão cheio, tão alegre. Em ti encontrei a minha escapatória, em ti encontrei o abrigo seguro de que tanta gente fala. Tu tocaste o meu coração, cativaste-o. Tu ajudaste-o sempre, nos caminhos fáceis e nos difíceis. Estiveste sempre aqui, mesmo ao meu lado, mesmo que em continentes separadas. És sim! És a mais importante neste momento. Contigo aprendi a falar do Amor de uma nova maneira. Amor de Amizade. É graças a ti que eu tenho a força que tenho no meu coração. É graças a ti que o vazio não se prolonga – fica hipotético. Contigo, as lágrimas transformam-se em sorrisos. Dás brilho à minha vida. Dás brilho à minha presença só por te ter a meu lado. Sente só: Amo-te.)
Dramas solitários. Eu não descreveria dessa maneira.
Drama é uma palavra muito forte, muito falsa, e tudo aquilo que eu sinto é verdadeiro, é real. Não sinto porque quero – porque se eu quisesse já tinha deixado de sentir isto há muito tempo – sinto porque isto deve ter algum sentido.
Solitários também não. Tenho umas quantas pessoas a meu lado. Essas quantas que me fazem rir, que me fazem retirar-me da concha. Podem não saber que cada sorriso traz uma lágrima, mas aceitam com orgulho todos os sorrisos que lhes dou.
Realidade, fodida minha gente.
Mais uma noite. Mais uma noite em que me farto desta cama. Desta cama que parece não ter fim.
Mais uma noite em que as sombras são minhas companhias e o barulho do silêncio meu inimigo – enlouquece-me.
A minha mente grita-me palavras que não quero ouvir.
Tu não compreendes, tu também não, tu muito menos e tu, também não.
Eu compreendo?
Não. Odeio.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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1 comentário:
Sente-me. Amo-te.
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