terça-feira, 1 de setembro de 2009

Marula Fruit Cream

O brilho do céu criado pela incandescência das estrelas iluminava o escuro sombrio e tornava a noite ainda mais quente.
E quanto mais a noite avançava, mais as estrelas cintilavam e mais aqueciam a noite já quente. Não era problema, esse fervor, tempestuosamente envolvia-os num calor em que nada mais fazia falta senão o cobertor da pele, sem cobertor... Só pele, mas eles ainda não sabiam. Uma garrafa já tinha desaparecido e outra estava por desaparecer, pairava no ar o cheiro a doce, e quando falavam sentiam, um no outro, o bafo da razão que denuncia os risos sem jeito. Surgiram os toques, surgiram os movimentos numa cama de rede em que os deixava aconchegados, aconchegados de mais para uma noite quente com bafo de Amarula. O suor, com os toques de brincadeiras e os movimentos de quem finge não provocar, fizeram a noite subir de nível. O desejo sem controlo começou. As brincadeiras tornaram-se mais próximas, o bafo cada vez se sentia mais e mais. Pararam. Frente a frente. Olhos nos olhos. Até que aconteceu o lábios com lábios. O toque, o raspar, o doce sabor. Aquela sensação que começa no toque de lábios e vai descendo... descendo. Afastaram-se, não o suficiente. Molharam os lábios e depois? Depois trocaram salivas, entrelaçaram línguas. Um beijo que durou, um beijo que embebedaria só de provar. O beijo que levou a outros mais beijos, que levou a mãos a deslizarem… Ora suavemente, ora com o desejo de quem não ia aguentar nem mais um segundo naquele jogo de provocação, naquele jogo de sedução. As roupas caíram na relva, quente como ar. Os corpos tocaram-se, nus. Arrepio, não de frio, de excitação. Quente de mais para o calor que estava naquela cama de rede! Quente de mais para o calor que o clímax traz. Quente de mais para a intensidade dos movimentos que se seguiam. E o barulho dos cães a ladrar, de fundo, abafava os gemidos, abafava o bafo a prazer. Prazer. Toma para ele, toma para ela. Quente. Bafo. Suor, muito suor. Cães e gemidos, dela e dele. Roupa com e roupa sem. Na cama de rede e depois na relva. Juntaram os copos. Brindaram e sorriram. Os dois. Os dois depois do prazer, numa noite que ao inicio se parecia algo sombria e escura. Mas quente, muito quente.

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